A campanha Abril Azul traz à tona a importância da inclusão e criação de políticas públicas voltadas para as pessoas com transtorno do espectro autista (TEA), que é um distúrbio neurológico que pode afetar as áreas de comunicação, comportamento e interação social de uma pessoa.  Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o autismo atinge 1 em cada 160 crianças no mundo e no Brasil, estima-se que existam cerca de 2 milhões de autistas. Segundo especialistas, o diagnóstico ocorre geralmente entre os 2 anos e meio a 3 anos, e não existe cura para essa condição.

No Eusébio, o cuidado com as pessoas com TEA é uma das prioridades da atual administração municipal.  Segundo a diretora do Núcleo de Apoio Municipal aos Munícipes com Necessidades Especiais (NAMME), Elieuda do Vale, o atendimento dos autistas pela Prefeitura é muito abrangente. “Temos nas escolas as salas do AEE – Atendimento Educacional Especializado, onde o autista em um período fica na escola no atendimento regular e no contra turno vai para o NAMME para o atendimento com especialistas, que são psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e com psicopedagogos. Esse trabalho é coordenado e assessorado pelo Departamento de Inclusão. da Secretária de Educação de Eusébio”, pontua.

Com relação aos alunos que estão fora da faixa etária e que não estão mais na escola, ela observa que foi criado o projeto Educação Integral em Tempo Integral (EITI), que agora com a pandemia foi suspenso. “Por esse projeto eles passavam o dia, das 8h às 16h, em atividades diferenciadas como: atletismo, futebol, corrida. E também tínhamos o Cinema, que foi idealizado pela primeira dama Marta Gonçalves. Os alunos em idade escolar, eram escolhidos pela terapeuta ocupacional para participar dessa atividade, como extensão da socialização e comunicação com os outros”, destaca.

Ela comenta que também o NAMME realiza outras atividades, como passeios à praia, piqueniques, trilhas, entre outras, mas com a pandemia, o atendimento passou, em sua maioria, a ser remoto, sendo realizadas somente visitas e encontros em casos mais graves, como em pacientes nível 3 de autismo. “Conversamos com as mães e quando possível fazemos uma videoconferência ou vídeo chamada, mas quando o caso é mais grave, combinamos um encontro com a família, com todos os cuidados necessários. Nesse trabalho entram em ação a fonoaudióloga, a psicóloga e a fisioterapeuta, quando necessário. Atualmente estamos realizando o levantamento desse grupo acima dos 18 anos para conseguirmos, junto a Secretaria Municipal de Saúde, para que sejam vacinados contra Covid-19”, afirmou. O NAMME atende cerca de 170 crianças e adolescentes.

Para o prefeito Acilon Gonçalves, o Eusébio tem como política tratar os diferentes de maneira diferente, para que se tornem iguais. “Queremos com esse trabalho coordenado dar condições aos alunos com autismo ou com outras deficiências de ter todas as condições para se desenvolverem, cada um em seu tempo, de forma plena, passando a interagir e ser aceito pela sociedade. Lembrando sempre que primeira-dama Marta Gonçalves foi a iniciadora do atendimento das crianças especiais no Eusébio, no ano de 1997. A dedicação dela fez com que nos desenvolvêssemos também esse olhar diferenciado para essas crianças e adolescentes”, finalizou.