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Atendimento às pessoas com deficiência é abordado em live da CMVPV
A Coordenadoria Municipal de Promoção e Valorização à Vida (CMVPV), órgão da Secretaria de Desenvolvimento Social, realizou nesta quarta-feira (18/01) uma live com a presença da psicóloga do NAMME e APAE. Lilian Ingrid Basto. O momento foi mediado pela psicóloga Anália Freitas, da CMVPV. O evento faz parte da campanha Janeiro Branco. Também aconteceu pela manhã no Polo do ABC, um momento com a coordenadora da CMVPV, Rosa Leite, que conduziu um bate papo com adolescentes do projeto Jovem Aprendiz sobre o mesmo tema.
Durante a live, Lilian Basto, que atua há quatro anos com pessoas com deficiência, tendo formação em terapia comportamental, disse considerar importante que as pessoas se dediquem a ter uma boa saúde mental. “Muito se fala em saúde mental depois da pandemia. Todos nós saímos afetados de alguma forma, houve um índice grande de ansiedade e depressão, mas isso já existia e fot apenas amplificado. Para preservarmos a saúde mental, primeiro temos que olhar para nossas emoções e como cada uma delas está repercutindo em nossa vida. Algumas áreas podem ser mais afetadas que outras. Precisamos ver nosso ambiente de trabalho, a área afetiva, o contexto familiar. O que posso fazer se minha saúde mental está afetada”, disse.
Para ela, o momento é de desacelerar e procurar ter uma vida equilibrada em todas as áreas. Entende que se a pessoa continuar lutando contra suas emoções, não dando espaço para elas, não conseguirá lidar com as mesmas. Destacou que atua no NAMME e APAE com pessoas com deficiência, a partir dos 16 anos e que trabalha a pessoa como um todo e também com seus familiares. “A demanda é alta. É um publico que precisamos estar sempre acompanhando, pois as vezes o ambiente adoecedor está na famílias que não sabem lidar com a pessoa com deficiência”, avalia.
Com relação ao atendimento, disse que a família ao chegar no equipamento passa por uma equipe de acolhimento que a direciona para o atendimento. “São pessoas com fragilidades. Hoje, temos um rótulo, que está sendo deixado de lado, de que as pessoas com deficiência não tem emoções, mas elas têm sim, sofrem, tem depressão. São afetadas pelo contexto da saúde mental, na hora que dão entrada fazemos o acolhimento, a anamnese. Trabalhamos muito com grupos terapêuticos. Mas temos casos que necessitam de atendimento individual. Trabalhamos para que eles tenham autonomia, para quebrar as barreiras e trabalhar esse processo junto com a família”, finalizou.
Jovem Aprendiz
No ABC do Parque Havaí, a coordenadora da CMVPV, Rosa Leite deu uma palestra sobre a saúde mental para adolescentes do programa Jovem Aprendiz. “Destacamos os vários aspectos na vida, como a importância da alimentação, da atividade física, espiritualidade, o perdão, o relacionamento entre as pessoas, sobre o Janeiro Branco e a simbologia do papel em branco, que é uma oportunidade de reescrever nossas histórias. Todos que participaram elogiaram o tema e sentiram a necessidade de mais momentos como esse. Também aproveitamos para distribuir nosso material e divulgarmos nosso trabalho caso alguém precise de atendimento”, pontuou.