A Prefeitura Municipal de Eusébio realiza nesta terça-feira, dia 13, através da Secretaria de Saúde, na Escola de Ensino Profissional Eusébio de Queiroz, uma capacitação sobre Calazar, tendo como público alvo os agentes de saúde comunitários, os agentes comunitários de endemias, pela manhã e os médicos e enfermeiros, do Programa de Saúde da Família, à tarde.

Segundo o secretário de Saúde de Eusébio, Mário Lúcio Ramalho Martildes, o objetivo é possibilitar aos profissionais de Saúde do município, principalmente os que têm o primeiro contato com a população, de poder realizar um diagnóstico precoce da doença. “Na capacitação, eles vão conhecer a forma de infectação, os sintomas e as medidas preventivas”, afirmou.

Ele destaca que o Eusébio encontra-se em uma região endêmica. Outra preocupação é a população canina do município que é crescente. “Fazemos campanhas atuais alertando à população com relação à doença e estamos ainda realizando uma pesquisa sobre ‘encoleiramento’ em cães contra a doença, juntamente com a Fiocruz. Nesse trabalho escolhemos um bairro onde todos os cães são encoleirados para conhecermos se o procedimento tem ou não resultado”.

De acordo com Mário Lúcio, caso os resultados sejam positivos a prefeitura vai realizar uma campanha maciça para que todos os cães do município tenham acesso às coleiras, ficando assim imunes a doença.

Leishmaniose visceral, ou calazar, é uma doença transmitida pelo mosquito-palha ou birigui (Lutzomyia longipalpis) que, ao picar, introduz na circulação do hospedeiro (cão) o protozoário Leishmania chagasi. A doença não é contagiosa nem se transmite diretamente de uma pessoa para outra, nem de um animal para outro, nem dos animais para as pessoas. A transmissão do parasita ocorre apenas através da picada do mosquito fêmea infectado.

Na maioria dos casos, o período de incubação é de 2 a 4 meses, mas pode variar de 10 dias a 24 meses. Os principais sintomas da leishmaniose visceral são febre intermitente com semanas de duração, fraqueza, perda de apetite, emagrecimento, anemia, palidez, aumento do baço e do fígado, comprometimento da medula óssea, problemas respiratórios, diarreia, sangramentos na boca e nos intestinos.

O diagnóstico precoce é fundamental para evitar complicações que podem pôr em risco a vida do paciente. Além dos sinais clínicos, existem exames laboratoriais para confirmar o diagnóstico. Entre eles destacam-se os testes sorológicos, e de punção da medula óssea para detectar a presença do parasita e de anticorpos.