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Eusébio certifica vencedores do Prêmio Peteca 2018 de combate ao trabalho infantil

quarta-feira | 19/12/2018

A Prefeitura de Eusébio, através da Secretaria de Educação, realizou uma solenidade de certificação dos grandes vencedores do Prêmio Peteca 2018, que combate e previne o trabalho infantil, no plenário da Câmara Municipal de Eusébio. A secretária de Educação, Goretti Frota deu as boas-vindas aos alunos e profissionais e destacou a presença dos “grandes vencedores” na categoria Curta-Metragem, da Escola João de Freitas, que conquistou o primeiro lugar em nível estadual e Escola do Cararu, que venceu as etapas estadual e nacional. “Estamos aqui para certificá-los. Na verdade, vocês estão de parabéns, e cada vez que assistimos os curtas-metragens, nos encantamos ainda mais”, disse.

Em seguida o sociólogo Lucas Ariel respondeu à seguinte pergunta: criança pode trabalhar? Segundo o profissional, existe essa possibilidade, a partir dos 14 anos, na condição de menor aprendiz. “´É um trabalho dirigido de formação profissional. Não é possível trabalhar no horário noturno, em locais insalubres ou em atividades penosas. A partir dos 16 anos o trabalho é permitido. Criança não pode trabalhar de fato. Um dos grandes entraves de se combater o trabalho infantil é a cultura de que o trabalho serve para o desenvolvimento. É uma grande falácia, pois tem impactos negativos. Quanto mais cedo trabalha, menor será sua renda quando adulto”, disse.

A técnica Jéssica Soares apresentou a pesquisa do Programa Peteca 2018, realizada com alunos das 17 escolas do ensino fundamental II do município, do 6º ao 9º ano. Foram 3.526 questionários respondidos, sendo que 2.040 são moradores de Eusébio, 691 de Fortaleza, 167 de Itaitinga e 94 de Aquiraz. Quanto a faixa etária; 583 (tem onze anos), 761 (12 anos), 890 (13 anos), 699 (14 anos), 267 (15 anos), 55 (16 anos) e 5 (17 anos.

Um total de 2.916 alunos dizem que fazem algum tipo de afazeres domésticos (colaboração), 306 cuidam da casa e do irmão e 290 não fazem nada, sendo as principais tarefas, arrumar o quarto, a cama, encher garrafas de água e lavar roupa. Quanto ao trabalho infantil 112 fazem algum tipo de trabalho, sendo 79 do Eusébio e 33 de outras cidades. A tarefa com maior incidência, com 10 casos, é de trabalho em oficina, seguido de babá, com o mesmo numero de casos. Quanto ao horário, cerca de 41% trabalham pela manhã e 32% trabalham de segunda a sexta-feira. Quanto aos valores recebidos a maioria recebe mais de R$ 100,00 por mês, mas existem crianças que recebem menos de R$ 10,00. Os dados, segundo Jessica, foram encaminhados para o Conselho Tutelar realizar o acompanhamento.

A solenidade teve continuidade com a certificação das escolas vencedoras do prêmio Peteca deste ano. A primeira foi a Escola do Cararu, que conquistou a Medalha de Prata Nacional, com o Curta Metragem “Posso ajudar, só não pode explorar”. Os alunos, a professora Ana Paula e a Diretora Guiomar Frota falaram da emoção quanto ao reconhecimento.

Em seguida, foram chamadas para receber uma placa em comemoração a participação na etapa municipal as escolas: Eduardo Alves Ramos, Erotides Melo Lima, Evandro Ayres de Moura, Francisco Tavares de Abreu, Guaribas, Lagoinha, Paulo Sá, Raul Tavares Cavalcante II e Santa Clara. A Escola João de Freitas Ramos obteve o primeiro lugar em nível estadual também com um curta metragem “A emocionante história de Yuri e Igor”, tendo já recebido a premiação no Cuca do Mondubim, em Fortaleza.

A coordenadora do Projeto Peteca em Eusébio, a professora Maria do Carmo Santos (Carmosa) agradeceu todos os envolvidos no projeto, e afirmou que no início dos trabalhos no Eusébio, mais de 300 crianças realizavam trabalho infantil, hoje são 79. “realizamos esse trabalho baseados em três pilares: competência, compromisso e amor. Com isso estamos conquistando cada vez mais adesões para que essa luta seja vitoriosa”, finalizou.