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Eusébio realiza o curso para profissionais que atuam no tratamento e prevenção da dependência química

quarta-feira | 16/10/2019

Com apoio da Prefeitura de Eusébio, através da Assessoria Especial de Políticas sobre Drogas, foi aberto nesta quarta-feira (16), na sede da Fiocruz, na Precabura, o Curso “Conhecer Para Tratar 2019”, uma realização da Federação Norte e Nordeste de Comunidades Terapêuticas (FENNOCT) e Instituto Casa Belém. A proposta e disseminar conhecimentos e dispositivos terapêuticos sobre a dependência química em seu contexto social e histórico, efeitos sociais, psíquicos e biológicos, além de possibilitar ao profissional envolvido compreender o uso de drogas por parte do usuário não somente como fator individual, mas também como sintoma social.

A mesa solene contou com as presenças do prefeito Acilon Gonçalves; da primeira-dama, Marta Gonçalves; da secretaria-executiva de Política sobre Drogas do Estado, Miriam Sobreira; do deputado estadual pelo Pará, Fábio Freitas; da diretora Nacional de Prevenção e Cuidados, Reinserção Social, Cláudia Leite; da Assessora Especial de Políticas sobre Drogas de Eusébio, Micheline Said; da presidente do Instituto Casa Belém, Ivone Mesquita; e por Celio Barbosa, presidente da FENNOCT.

A assessora Especial de Politicas sobre Drogas de Eusébio, Micheline Said, abriu a solenidade de abertura destacando o trabalho realizado no município na prevenção do uso abusivo de drogas e reinserção. Isso é fruto do trabalho constante desde 2009 da gestão. O prefeito vê o tratamento e reinserção de uma maneira de responder para a sociedade sobre algo tão complexo”, avaliou.

Destacou que a Prefeitura de Eusébio trabalha através da intersetorialidade, com todos trabalhando pelo mesmo fim, que é o bem-estar das pessoas. “Contamos com o apoio das comunidades terapêuticas, sem elas nada faríamos. Nesses dois dias de curso iremos falar sobre cuidado e prevenção, formas de cuidar, de acolhimento e o papel da comunidade na rede. O Eusébio tem muito a falar. Temos uma rede que funciona, um trabalho de dez anos de assessoria e de parceria. Quero dizer muito obrigado a todos os secretários pelo apoio”, disse.

A secretária-executiva de Política Sobre Drogas do Ceará, Miriam Sobreira, iniciou sua fala parabenizando o Eusébio pelo trabalho contínuo e produtivo na prevenção do uso abusivo de drogas. “O Eusébio está de parabéns. Sempre que escutamos uma coisa nova que vai acontecer, é no Eusébio. É o município do Ceará com a melhor qualidade de vida”, frisou. Ela ressaltou que o Governo do Estado está empenhado nesse trabalho e uma das metas é realizar uma pesquisa para identificar as regiões com maior necessidade de investimentos.

A diretora da Secretaria Nacional de Prevenção e Cuidados, Reinserção Social (Senapred) do Ministério da Cidadania, Cláudia Leite, ressaltou a importância da iniciativa e disse que o país vive um novo marco na prevenção do uso de drogas. “Temos que trabalhar unidos, em rede, só conseguiremos sucesso com ações articuladas. Que tenhamos um bom curso e saiamos daqui com as esperanças renovadas por dias melhores”, ressaltou. Falaram, ainda, Célio Barbosa presidente da FENNOCT; Ivone Mesquita do Instituto Casa Belém e o deputado estadual do Pará, Fábio Freitas, presidente da Comissão de Prevenção as Drogas da Assembleia Legislativa.

O prefeito Acilon Gonçalves, em sua fala. fez um breve histórico da criação da Assessoria de Política sobre Drogas no Eusébio. “Conheci o trabalho realizado em Curitiba na política sobre drogas quando participei de um seminário nacional sobre segurança pública no Espirito Santo e trouxe a ideia para cá. As políticas públicas só funcionam se tiver pacto. Aqui no Eusébio todos participam dessa política de prevenção, tratamento e reinserção. Na prevenção, temos o Proerd que trabalha com as crianças pequenas. No tratamento, temos um atendimento de urgência na UPA, que está estruturada para receber pessoas que precisam e dois leitos de atenção psicossocial no Hospital Municipal e temos nosso trabalho com as comunidades terapêuticas, sem vocês não teríamos sucesso. Temos um repasse mensal e tem uma cesta básica por pessoa”, detalhou.

“Mas nada funciona se você não tiver um plano acompanhamento. Temos uma bolsa de um salário mínimo por seis meses para as pessoas que passam pelo tratamento, para que ela possa se reinserir na comunidade e no mercado de trabalho. Hoje temos 20% das pessoas recuperadas. Parece um número pequeno, mas não é. E os que recaem e nos procuram são atendidos novamente”, asseverou.

Acilon falou ainda sobre o novo projeto dentro dessa política que é a Escola da Promoção da Vida. “Deixei para o final para falar da Escola da Promoção da Vida. Primeiro decidimos premiar os melhores alunos de cada sala de aula, do 1º ao 9º ano, com uma bolsa de R$ 200,00, com o Programa Estudante Padrão (PEP). Isso provou que vale a pena ser bom. Em seguida passamos a buscar os que precisavam de ajuda para voltar ao seio da sociedade. Foram escolhidos 120 jovens do ensino médio. Os homens são os Jovens em Exercício da Cidadania (JEC) e as meninas, as Mulheres em Exercício da Cidadania (MEC). Eles passaram três meses em formação intensiva e conheceram o lado bom da vida e perceberam que tinham outra oportunidade de serem vitoriosos”, pontou.

“Os que tiveram esse entendimento, a partir esse mês, começam um treinamento de participação ativa na sociedade, como defesa civil, guarda de trânsito adolescente, educadores sociais e agentes ambientais. E receberão uma bolsa de R$ 600. Assim, estarão preparados para a vida em sociedade. Estamos em contato com as escolas desses alunos e os que não melhoraram, não serão abandonados, mas não estarão na bolsa, que é um estimulo para que tenham mecanismos para não aceitar as propostas dos traficantes. Mas isso tudo só acontecerá se o menino e a menina tiverem o entendimento que precisam de ajuda. Estamos aqui para fazer esse papel social e trabalhar pela transformação de quem nos procuram”, finalizou.