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Prefeitura de Eusébio realiza atividades de prevenção ao Calazar nas escolas

quinta-feira | 15/03/2018

A Prefeitura Municipal de Eusébio está realizando uma ação nas escolas da rede municipal de ensino visando prevenir e dar esclarecimentos sobre a Leishmaniose Visceral Americana, mais conhecida como Calazar. O trabalho, direcionado para os alunos do 7º ano, apresenta a doença, as formas de tratamento, o ciclo de transmissão e os sinais da doença. O Eusébio, por situa-se em área endêmica e devido à alta população de cães, realiza um trabalho contínuo.

O educador social Gilvan Cunha, que está à frente desse trabalho, observa que os alunos recebem um material gráfico produzido pela Secretaria de Saúde do Estado com todas as informações importantes sobre a Leishmaniose Visceral (LV). Ele assevera que é uma doença infecciosa grave que, se não for tratada pode levar a morte. “Ela é causada por um parasita chamado Leishmania e as principais vítimas são as crianças, idosos e portadores de vírus da Aids. A doença também acomete o cão. Os casos da doença nos cães inclusive precedem aos casos em humanos”, detalha.

Segundo Gilvan, a doença é transmitida através da picada de um inseto fêmea flebótomo, conhecido popularmente como o ‘mosquito da palha’, que costuma picar ao entardecer e durante a noite. Ele destaca que não há transmissão da doença de pessoa para pessoa. Nas áreas urbanas, ele pontua que o inseto infectado ao picar o homem ou o cão transmite a Leishmania, adoecendo-os. Nas áreas rurais, outros animais, como raposas, cassacos e roedores podem abrigar o parasita, tornando-se fonte de infecção do inseto transmissor.

Os principais sintomas da doença no homem é febre irregular de longa duração (mais de 7 dias); falta de apetite, emagrecimento e fraqueza; barriga inchada (pelo aumento do fígado e do baço). “As pessoas que apresentarem esses sinais devem procurar a unidade de saúde mais próxima de sua casa para o diagnóstico e tratamento adequado”, detalha.

Os sintomas nos cães são mais difíceis de serem detectados pois eles podem ficar infectados por vários anos sem apresentar sinais clínicos. Mesmo assim eles são fontes de infecção para o inseto transmissor, e, portanto, um risco a saúde de todos. “A única forma de detecção a infecção nesses animais é através dos exames de laboratório específico. Quando adoecem os cães apresentam perda de apetite; queda de pelos; lacrimejamento (remela nos olhos), crescimento exagerado das unhas, aparecimento de feridas no focinho, orelha e patas.” Gilvan diz que quando o cão apresentar esses sinais, o proprietário deve avisar o setor de Zoonoses do Município.

O Prefeito Acilon Gonçalves afirma que apesar de grave, a doença tem tratamento em humanos e está disponível na rede de atendimento do Sistema Único de Saúde. Ele solicita o apoio da população para fazer o descarte correto do lixo, ou pela coleta comum ou seletiva, que possuem calendário de recolhimento dos materiais; realizar a limpeza dos quintais com retirada da matéria orgânica, como folhas, frutos e fezes de animais ou mesmo entulhos que favoreçam o sombreamento e a umidade do solo.

Aconselha ainda a limpeza dos abrigos dos animais domésticos, bem como mantê-los distante da residência, especialmente durante a noite, de modo a reduzir a invasão do inseto transmissor no domicílio. Acilon ressalta que a população deve permitir o acesso das autoridades sanitárias ao seu domicilio para realização dos exames para verificar a leishmaniose nos cães e se necessário seu recolhimento se estiver doente.

“Outras medidas é manter o animal em local telado durante o período de maior atividade do inseto, que é o final da tarde e noite, o uso de coleiras impregnadas com inseticidas e repelentes de insetos e não permitir que os cães fiquem soltos nas ruas. Se você gosta do seu animal, cuide bem dele para estar sempre sadio”, aconselha o gestor.