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Serviço Família Acolhedora de Eusébio é pioneiro no Ceará

terça-feira | 31/01/2023
A equipe é formada pela psicóloga Drieli Venâncio (a esquerda); pela assistente social (está de licença) e pela coordenadora do serviço, Katiana Moura (á direita) (Foto: Levy Oliveira/PME)

A Prefeitura de Eusébio, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Social (SDS), oferece o Serviço Família acolhedora há seis anos. Criada pelo Governo Federal em 2014, o Serviço foi criado a nível municipal pela lei 1430/2016, sendo efetivada a partir de janeiro de 2017. Desde então, vem atuando no acolhimento de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social e que tenham seus direitos violados por negligência, abandono ou violência familiar. O Eusébio foi um dos municípios pioneiros na implantação do Família Acolhedora. Hoje apenas sete municípios cearenses oferecem o serviço, incluindo a Capital, Fortaleza.

De acordo com a psicóloga Drieli Venâncio, o que diferencia o serviço Família Acolhedora do acolhimento institucional, realizado em abrigos, é que no primeiro a criança fica sob responsabilidade de uma família, por tempo determinado, recebendo afeto e cuidados de forma individualizada. Já no acolhimento institucional o acolhido passa a ter um cuidado dividido com outras crianças.

“Para se candidatar como Família Acolhedora, a família precisa ser cadastrada, habilitada e acompanhada pela equipe técnica do Serviço. Essas crianças ficam sendo acompanhadas pela equipe técnica, formada por mim, Drieli Venâncio, psicológica; pela assistente social, Diana Deyse e por nossa coordenadora, a psicóloga Katiana Moura. As famílias podem buscar informações em nosso Instagram (@familiaacolhedoraeusebio), vir até a sede do Serviço (Rua 3 de Maio, 285 – Centro) ou ligar para os telefones de contato ( 85 9245-0243 ou ‎ 85 3305-8572) para marcarmos uma entrevista com essa família, explicar o que é o serviço, tirar as dúvidas que possam ir surgindo”, ressaltou Drieli.

Ela observa que as famílias aprovadas para o Acolhimento Familiar recebem um auxilio, no valor de um salário mínimo, para custear as despesas da criança. Hoje o Serviço em Eusébio têm 7 famílias cadastradas e 7 crianças acolhidas. “Nosso intuito é aumentar esse número, por isso é importante que as informações sobre esse programa cheguem a todas pessoas que não o conhecem e que sentem que tem motivação e desejo de fazer esse acolhimento acontecer, que tem o desejo e motivação de cuidar de uma criança por tempo determinado, dando aí a possiblidade dessa criança construir uma compreensão do que é fazer parte de uma família com todo amor, carinho, suporte e referência,” destacou.

Drieli diz ser importante que as famílias que queiram se candidatar para fazer parte do serviço, tenham consciência de que o acolhimento é temporário, por determinação judicial deve ser de até dois anos, com exceção de alguns casos mais complexos, até que os encaminhamentos de retorno a família de origem, para a família extensa (avós, tios, primos, etc) ou adoção, sejam efetivados. “É importante pontuar que o serviço Família Acolhedora não é uma adoção. A família que adere ao serviço precisa compreender que o acolhimento é temporário e caso a família deseje entrar para o cadastro de adoção, não pode fazer parte do Família Acolhedora, pois são serviços diferentes e distintos”, disse.

A coordenadora do Família Acolhedora, Katiana Moura, acrescenta que mesmo sabendo que o acolhimento é temporário, a família que acolhe deve sim criar laços, afetos para o bom desenvolvimento da criança ou adolescente para que eles saibam o significado de família, de viver em um ambiente saudável e acolhedor, “isso faz com que o acolhido possa organizar sua vida para seguir adiante. É importante que a criança ou adolescente conheçam essa realidade, já que vêm de um ambiente hostil e de violação de seus direitos individuais. Sabemos que após criar esses laços pode haver sofrimento da separação, mas é o momento também de ressignificar, pois o relacionamento e o pai e a mãe acolhedora não precisam perder necessariamente o vínculo, eles pode vir a ser alguém de referência na vida dessa criança ou adolescente,” argumenta Katiana.

Ela destaca que ao longo dos seis anos de existência, o Família Acolhedora de Eusébio já acumula casos de sucesso, como duas crianças adotadas por uma mesma família, e que retornaram para a família extensa. As crianças passaram por esse processo de vincular, cuidar, amar, dar afeto e desvincular e desacolher e hoje seguem suas vidas,” comentou.

Além do acolhimento familiar pelo Serviço Família Acolhedora, o Eusébio também conta com o acolhimento institucional realizado em parceria com a ONG, Lar Davis. Hoje o local atende 25 crianças e adolescentes. O sistema é o mesmo, o abrigo é provisório até que haja o encaminhamento do acolhido pela Justiça de retorno à família de origem, à família extensa ou para adoção, sendo que o diferencial é que nesse acolhimento o atendimento é coletivo. Os dois serviços atendem a faixa etária de zero a 18 anos.