A Prefeitura de Eusébio, por intermédio da Unidade Especializada da Pessoa com Autismo (UEPA), órgão do Centro Especializado de Reabilitação Fares Andrade Said, da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), fez a entrega de crachás de identificação de autistas para crianças e adolescentes atendidos naquela unidade. Também foram entregues certificados de conclusão do treinamento parental feito com as famílias dos pacientes. O crachá tem como função principal; possibilitar a prioridade ao autista no atendimento em serviços públicos e privados.

O diretor do CER-Eusébio, Ângelo Nóbrega, fez a saudação inicial aos presentes, destacando ser um dia especial para a Unidade e para as pessoas atendidas, pois a entrega dos crachás representa o reconhecimento de um direito. Ele agradeceu ao prefeito Acilon Gonçalves pelo apoio dado ao CER para que seja referência em atendimento de qualidade ao seu público alvo. 

A diretora da UEPA, Arismênia Lima, ressaltou que a entrega de crachás vai proporcionar autonomia, identificação e valorização da pessoa que tiver portando o mesmo. “Também estamos entregando os certificados do treinamento parental, realizado em 28 horas de estudo, conversas e trocas com os pais das pessoas com deficiência, uma experiencia muito rica e creio que todos aproveitaram. Vamos dar continuidade a esse treinamento,” avaliou.

O crachá, segundo ela, representa conforto e uma maior segurança para a pessoa com autismo. “Estamos com 280 crianças sendo atendidas aqui na UEPA e dando suporte também para os familiares. Quero agradecer o prefeito por todo apoio e não posso esquecer da nossa primeira dama, dona Marta Gonçalves, pois isso aqui é a menina dos olhos dela, foi uma idealização dela,” frisou.

O secretário de Saúde, Josete Malheiro disse que o crachá representa o reconhecimento de direitos, “com esse crachás vocês terão acesso facilitado nos ônibus, equipamentos públicos, no cinema e quando se deslocarem em algum equipamento púbico terão atendimento diferenciado é um registro da mais alta valia, porque cada um de nós importa, na sua singeleza, na sua particularidade. Ninguém é melhor que ninguém, ninguém tem maior primazia que o outro. Aqueles que se afligem por terem uma criança com deficiência em casa, entendam que vocês têm um anjo morando com vocês, digo isso porque sou pai de um adolescente com síndrome de Down. Uma criança que tenha limitações, representa uma oportunidade de nos tornamos melhores”, argumentou.

A mãe de uma criança com autismo e ativista da causa, Luana Bandeira, parabenizou a gestão pelo atendimento feito às crianças e adolescentes com deficiência. “Viajei por todo o Brasil  e não conheço atendimento que supere o dado aqui pela UEPA. Aqui o atendimento é personalizado, conseguem fazer isso, a equipe é muito boa e envolver as famílias nesse trabalho é importante, pois o tratamento não é feito apenas nas quatro horas que eles permanecem aqui, mas no dia a dia, com a família e na vida em sociedade”, comentou.

Fechando a solenidade, o prefeito Acilon Gonçalves disse que todos eusebienses estão de parabéns, pois nesse dia um sonho se torna realidade. “Esse prédio foi iniciado há mais de 10 anos e a ideia era fazer um grande Centro de Reabilitação para a Região, mas como demorou muito a vinda de recursos, só conseguimos concluir há um ano, nesse atual governo. E hoje ele é de referencia, mas atende mais o povo de Eusébio. Aqui temos o Centro de Reabilitação de enfermidades crônicas, temos consultórios e a UEPA. Todos que trabalham aqui, trabalham com amor. O amor de transformar as dificuldades das pessoas e integrá-las na vida cotidiana”, destacou.

Disse que a ideia de criação da UEPA ocorreu quando ele conheceu um equipamento no Shopping Salinas, que um casal criou para atender os próprios filhos. “Vi e disse, quero um igual ou melhor no Eusébio. Ainda não somos o melhor do Ceará, mas somos o melhor serviço público do Ceará, mas seremos os melhores, porque vocês querem e precisam. O momento de hoje é simbólico, porque celebra a inclusão da família no tratamento da criança com espectro autista. As pessoas quando chegam aqui em busca de atendimento para o filho com autismo deve saber que primeiro é preciso ter o diagnóstico e aqui mesmo ele é feito porque temos a condição e reserva técnica, pois temos um neuropediatra aqui. Feito o diagnóstico, vamos para a entrevista, onde a família é integrada ao atendimento, é nesse intercâmbio envolvendo a família e a criança que temos os melhores resultados”, concluiu.