O projeto de Hidroponia Social, da Prefeitura Municipal de Eusébio, ultrapassou as fronteiras do município e hoje é referência no Estado. O modelo eusebiense, que produz alimentos orgânicos sem agrotóxicos, com o objetivo de incentivar a inclusão social, já copiado pelo município de Aquiraz, está sendo agora replicado por Fortaleza, que está implantando três estufas nos mesmos moldes da criada no Eusébio.

Segundo o coordenador do projeto, Gleison Feitosa, o projeto, de baixo custo, é utilizado também para a capacitação dos alunos da rede pública do município, interessados em conhecer a agricultora orgânica através da hidroponia. A estufa do Eusébio, sediada na Escola Neusa de Freitas Sá, tem 720 m² e alcançou 95% de sua capacidade de produção. “Hoje a prefeitura de Eusébio é auto-sustentável em termos hortaliças sem agrotóxicos. A produção abastece o Hospital Municipal, 14 escolas e outros órgãos públicos, possibilitando assim economia para o erário e possibilitando uma alimentação saudável”, revela.

Atualmente o projeto eusebiense é realizado através de dois sistemas: a hidroponia tradicional que utiliza o sistema NFT (produção suspensa em bancadas, dispostas paralelamente, onde as plantas são colocadas em canos de PVC, em esponjas fenonas. A água circula do tanque para os canos, sempre deixando as plantas irrigadas) e o plantio em fibra de coco (Eco-Horta), que são acondicionadas em jarros.

O primeiro sistema tradicional é utilizado para a produção mensal de 5 mil pés de alface. Já o sistema com fibra de coco é responsável pela produção de 180 quilos de tomate cereja, 90 folhas de couve, 15 quilos de jerimum e 70 pés de cebolinha, por mês. O projeto conta com um convênio com a Universidade Federal do Ceará, que possibilita a consultoria do professor Ismail Soares, doutor em nutrição de plantas e em contrapartida cede espaço para estágio de alunos do curso de Agronomia daquela instituição.

O Prefeito Júnior observa que o projeto de Hidroponia Social do Eusébio é pioneiro no Brasil e visa produção de alimentos saudáveis beneficiando os próprios alunos e demais órgãos púbicos, como também possibilita a capacitação em uma área de grande alcance social e mercadológico. Segundo o gestor eusebiense, o projeto atende atualmente 14 escolas, aumentando o valor nutricional da merenda escolar, mas a tendência é ampliá-lo para as demais unidades escolares.