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Prefeito Júnior leva esclarecimentos sobre o Pólo Tecnológico à comunidade da Precabura

quarta-feira | 09/12/2015

O Prefeito Júnior participou de uma reunião com a comunidade da Precabura que teve como tema, os impactos do Pólo Tecnológico de Saúde naquele bairro e adjacências. Participaram mais de 40 lideranças da comunidade, que fizeram diversas indagações ao prefeito, ao secretário de Desenvolvimento Econômico, Eilson Gurgel e ao presidente da Autarquia Municipal de Meio Ambiente (AMMA), Celso Rodrigues.

Presente ao evento, o vereador Roberto Rocha disse que a reunião foi solicitada pela própria comunidade, diante das dúvidas sobre o empreendimento, como a comunidade será impactada e quais os benefícios que o Pólo trará para o desenvolvimento da região. Ele observou que a comunidade já teve três reuniões com técnicos da Fiocruz, principal empresa do Pólo, mas nem todas as respostas foram dadas à comunidade.

O Prefeito Júnior abriu a palavra para as lideranças apresentassem suas indagações. “Quero dizer que é uma honra o Eusébio receber esse grande empreendimento e que desde o início do processo sempre nos colocamos em defesa dos interesses do Eusébio e da comunidade, para que os impactos sejam sempre positivos”, declarou. O primeiro a se pronunciar foi o ambientalista Paulo Pereira, que realiza um trabalho pela preservação da Lagoa da Precabura.

Ele fez um histórico do local afirmando que, até 1996, a Lagoa da Precabura era a única da Região Metropolitana não poluída, mas com as construções nas suas margens, principalmente do lado de Fortaleza a situação foi se modificando. Segundo ele, a população se sente alijada do processo. Ele solicitou ter acesso ao Estudo de Impacto Ambiental e indagou como a população local será inserida no processo de criação de negócios.

Em seguida, falou a líder Daniele, que também falou sobre a falta de diálogo do governo do Estado e das empresas. César, da Associação dos Moradores, perguntou sobre os projetos de capacitação e formação dos moradores para que sejam absorvidos pelo novo mercado de trabalho que será criado com a vinda do Pólo.

O vereador Roberto Rocha, por sua vez, questionou se ocorrerão outras desapropriações e qual o destino da comunidade caso ela seja deslocada daquela área. Já outra moradora da área, de nome Maria, questionou a quantidade de empresas que se instalarão no local e quais os benefícios para a população.

Em resposta as indagações, o prefeito Júnior afirmou que, até o presente momento somente três empresas estão confirmadas para o Pólo; a Fiocruz que está com obras aceleradas e será inaugurada em meados do próximo ano; a Biomanguinhos, braço industrial da Fiocruz, que produzirá vacinas e o Instituto Renato Ascher, que tem forte atuação na área de componentes eletrônicos, microeletrônica, sistemas, displays, software e aplicações de TI, como robótica, softwares de suporte à decisão e tecnologias 3D para indústria e medicina.

“As demais empresas não foram selecionadas, mais existem diversas querendo participar desse Pólo”, asseverou. Segundo ele, foram desapropriados 74 hectares e não há previsão de novas desapropriações, por isso a comunidade não será atingida.

Quanto aos cursos de capacitação, ele destacou que os cursos do Pronatec já são voltados para as vagas que surgirão no Pólo e a Escola de Educação Profissional Eusébio de Queiroz, por intermediação dele, oferece cursos voltados para as profissões que o Pólo necessitará.

Ele citou diversos benefícios que a comunidade terá, citando a mobilidade urbana. “Além da CE-010 que abraçará o Pólo, teremos vias secundárias que facilitarão o acesso. Além disso, conseguimos junto ao Governo do Estado, que as linhas de Fortaleza entrem no Pólo para que a comunidade e trabalhadores possam ter mais opções de transporte, além é claro, do nosso Transporte Urbano Regular, que é gratuito”, frisou.

Júnior citou ainda o trabalho do comitê gestor, que administra o Pólo que conta com um representante do Eusébio, com direito a voz e voto. “A Prefeitura não indica as empresas, mas pode vetar alguma que seja poluidora e não respeite o meio ambiente,” declarou.

O prefeito observou que com relação a preservação da Lagoa da Precabura, a própria Fiocruz está articulando junto ao Governo do Estado transformar o local é Área de Proteção Ambiental (APA). O prefeito afirmou que nas próximas reuniões convidará os técnicos da Fiocruz e do Governo do Estado para dirimir outras dúvidas que surgirem, e que a idéia é inserir a comunidade na cadeia produtiva que o Pólo vai necessitar quando ele estiver em pleno funcionamento, Revelou ainda que o Pólo Tecnológico não será fechado e a comunidade poderá ter acesso.

Disse que a Fiocruz está realizando uma Olimpíada de Saúde e Meio Ambiente, e que foram capacitados os 44 professores de ciência para aplicar as tarefas junto aos alunos da cidade, com o objetivo de que produzam projetos de inovação de ciência. “De forma direta, a Fiocruz já está se inserindo em nosso município trazendo benefícios”, concluiu.