A Escola da Promoção à Vida (EPV) retornou com as aulas presenciais em setembro, atendendo a pedidos dos próprios alunos e dos pais que entenderam a necessidade de minimizar os efeitos do longo recesso, ocasionado pela pandemia do novo coronavírus. Segundo a diretora da unidade, a assistente social Micheline Said, a Escola, ao longo de um ano e meio, desde sua inauguração em junho do ano passado, conseguiu trabalhar de forma propositiva com os 120 adolescentes que integram os programas Jovens em Exercício da Cidadania (JEC) e Mulheres em Exercício da Cidadania (MEC). “Nesse período conseguimos reduzir as diferentes manifestações de violência, fortalecemos as oportunidades de primeira inserção no mercado de trabalho, entre outras conquistas”, frisa.

Entre as diversas ações, a Escola incentiva a cidadania, o desenvolvimento de atividades culturais e educativas, o respeito à vida, a dignidade do ser humano e a rejeição da violência em todas as suas formas. A instituição também, segundo ela, é um espaço de partilha, de inclusão, de troca de saberes formais e informais, de desenvolvimento das habilidades socioemocionais e cognitivas e de preparo para atividades laborais.

Micheline observa que só o que não retornou na EPV foram os projetos de estágio laboral, realizados em parceria com a Autarquia Municipal do Meio Ambiente e Controle Urbano (AMMA), Autarquia Municipal de Trânsito (AMT) Defesa Civil e Secretaria do Desenvolvimento Social (SDS). “Decidimos permanecer somente com as aulas teóricas, respeitando os protocolos de saúde, com apenas 10 alunos por turma, utilizando máscara e medindo a temperatura. Os estágios envolveriam contato com outras pessoas e aumentariam os riscos de contaminação”, justificou.

Assegura que as aulas presenciais serão encerradas em 15 de dezembro passado. “Vamos realizar uma confraternização de Natal até para agradecermos a Deus pela vida. Nesse período de isolamento, mantivemos as aulas à distância de forma remota, mas procuramos visitar os territórios e realizar a buscativa dos alunos, para que todos pudessem participar das atividades, mesmo sem acesso à internet e conseguimos. Para 2021 a ideia é iniciamos as atividades em fevereiro, mas devido as incertezas do momento, estamos realizando planejamentos e mudanças de rotas diariamente. Mas faremos o planejamento pedagógico com conteúdo programático, para fechamento dessa turma e início de outra”, destacou.

CAPS AD

Com relação ao Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas de Eusébio (CAPS AD), que Micheline também coordena, houve redução do do atendimento aos grupos. “Mantivemos encontros e atendimentos no horário de 8h às 16h, atendendo os grupos mais vulneráveis. Fizemos uma parceria com o CREAS e atendemos as pessoas de rua, principalmente usuários, dando assistência, proporcionando higiene e alimentação, mesmo para os que não querem internação ou deixar de ser usuário,” pontua.