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Eusébio capacita agentes para uso do decibelímetro no combate da poluição sonora

segunda-feira | 28/12/2020

O equipamento é facilmente manuseado, podendo ser usado em situações diversas (Foto: PME/Divulgação)

A Prefeitura Municipal do Eusébio, através da Autarquia Municipal de Meio Ambiente e Controle Urbano (AMMA) e da Secretaria Municipal de Segurança Municipal e Cidadania (SMSPC), realizou uma capacitação de 12 Agentes Ambientais e três Policiais Municipais para o uso e operação legal do aparelho de Decibelímetro. A instrução foi realizada por um especialista do Batalhão de Polícia do Meio Ambiente da Polícia Militar do Ceará (BPMA/PMCE). O decibelímetro é indispensável para controlar a pressão sonora dos diversos espaços de trabalho e deve ser utilizado para regular os barulhos que sejam nocivos à saúde.

Segundo o presidente da AMMA, Túlio Studart, o decibelímetro é o mesmo Medidor de Nível de Pressão Sonora (MNPS) que é utilizado para realizar a medição dos níveis de pressão sonora em ambientes externos e internos. Ele observa que, apesar do nome difícil, o instrumento é fabricado para detectar ruídos abaixo e acima do que o aparelho auditivo humano pode registrar. Para tanto, possui um alto grau de sensibilidade no microfone acoplado ao aparelho.

“O equipamento é facilmente manuseado, podendo ser usado em situações diversas, como por exemplo, para medir o barulho de festas ou de aparelhos de sons, entre outros, que compõem a maioria das reclamações que nossos agentes ambientais recebem”, destaca. Ele ressalta que a poluição sonora pode causar doenças sérias ao aparelho auditivo, por isso é necessário que seja controlada “Existem ruídos que normalmente não conseguimos controlar e que incomodam e interferem no nosso aparelho auditivo. O som penetra em nosso organismo e é transformado em impulso elétrico que chega até o cérebro. Ou seja, não há filtro. E dependendo dos decibéis que recebemos, isso pode agravar aos poucos a capacidade de audição”, destaca.

A AMMA já possuía dois aparelhos decibelímetros e recebeu mais um através de uma compensação ambiental. “Uma empresa foi multada por poluição ambiental e, ao invés da multa, fizemos um Termo de Ajustamento de Conduta e ela nos repassou esse aparelho. Realizamos a capacitação e fomos certificados para utilizá-lo, juntamente com os dois outros. Estamos utilizando os aparelhos nas blitzes e quando somos acionados pela população em casos de poluição sonora”, destaca.

Doença urbana

De acordo com a Sociedade Brasileira de Otologia, 30 a 35% dos casos de perda auditiva ocorrem em razão da quantidade de ruídos que as pessoas são expostas durante as atividades de rotina da vida. Já a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 900 milhões de podem ficar surdas até 2050, se os cuidados não forem tomados agora. Esse número, se confirmado, dobrará o número total de pessoas surdas no mundo. E isso se deve principalmente a dois fatores: envelhecimento – pessoas vivem por mais tempo e, consequentemente, ficam mais sensíveis aos barulhos – e ao crescimento exagerado do ruído produzido no dia a dia das cidades.

Como prevenção, as organizações de saúde aconselham evitar certos ambientes e não cair na tentação de aumentar o volume dos sons, mesmo quando desejados. Aliás, a necessidade de ouvir sons mais altos, já pode ser um sinal de surdez. Evitar se expor a ruídos superiores a 80 decibéis, pois esse volume pode causar lesões ao ouvido e sintomas como desvio de personalidade, fadiga, neurose e até psicose. No Brasil, a Norma Regulamentar (NR 15) estabelece os limites de tolerância para exposição a ruído contínuo ou intermitente e para ruído de impacto. A partir de 85 decibéis, as horas de trabalho são reduzidas a 4 horas por dia e de 90 dB a 2 horas, por exemplo.

Para quem trabalha em ambientes barulhentos, como da construção civil, indústria e fábricas, que geram ruídos durante a produção, algumas precauções devem ser tomadas para reduzir o dano gerado pela pressão sonora de maquinário e obras. Um deles, é a utilização de Equipamentos de Proteção Individual (EPI), que incluem capacete e protetores auriculares. Ambos protegem a região da orelha e ajudam a diminuir a pressão levada ao cérebro.

O prefeito Acilon Gonçalves observa que a AMMA vem se esmerando na sua missão de orientar, prevenir e combater a poluição em seus diversos níveis. “Esse trabalho, a cada dia, exige que tenhamos um órgão preparado para atender as demandas de uma cidade que cresce e consequentemente sofre algumas mazelas, como as diversas formas de poluição. Mas com auxilio e apoio de todos cumpriremos nossa missão de zelar por nosso meio ambiente e pela saúde de todos”, afirmou.

Serviço

As denúncias de poluição sonora podem ser feitas pelos telefones (85) 3260-3615/3663/3836 ou pelo site https://bit.ly/38G9YzZ