A Paixão de Cristo 2019 de Eusébio terá sua primeira apresentação realizada nesta quinta-feira (18) trazendo muitas novidades com relação as edições anteriores. Além do novo enredo, novos atores, novos efeitos especiais, o espetáculo a cada ano se renova ao contar uma das histórias mais conhecidas da humanidade de uma forma diferente. O diretor da encenação, Tarcísio Christianne destaca que essa reinvenção anual mantém o espetáculo vivo ao mostrar de vários ângulos a história do Salvador.

Para este ano, a história inicia pelo fim, isto é, nos três dias em que Jesus é preso, açoitado, crucificado, os chamados ‘dias de silêncio’. “Esse é um momento crucial, onde os apóstolos temem sair e anunciar o Cristo e ao mesmo tempo temem ficar calados e serem chamados de falsos profetas. As duas opções poderiam levar à morte. A própria Maria que acompanhou Jesus com os apóstolos se perguntava a razão do comodismo, depois de tudo que ouviram e presenciaram de seu filho”, diz Tarcísio.

Segundo o diretor, neste momento, a mãe de Deus tem um flashback da Anunciação, Nascimento, Visita dos Três Reis Magos, como se estivesse “rebobinando o filme”. O diretor ressalta que a utilização das “lembranças” é uma forma de contar a história que prende a atenção do expectador. Ao todos são 42 cenas, em 2h10 de espetáculo, que mexem com o público. As cenas mais conhecidas e aplaudidas pelo público nos anos anteriores, como dança das bailarinas no Palácio de Herodes, Morte de João Batista, enforcamento de Judas e a Tentação no Deserto são preservadas, apesar de encurtadas.

“Queremos levar o público a penetrar naquela época e vivenciar o momento. O impacto maior é no sentimento de quem percebe que Jesus não era apenas um homem bonzinho, mas que veio quebrar arestas e romper com a dureza de uma lei sem amor e sem perdão,” filosofa.

Tarcísio deixa um mistério no ar com relação a um dos pontos fortes da apresentação, que são os efeitos especiais, “Teremos grandes efeitos, mas os que estão gerando maior expectativa são as cenas da Tentação do Deserto e o final da encenação, quando o Céu se abre para a corte celestial, trazendo para todos um gran finale e a esperança de que sua morte nos deu vida!”, conclui.

Para o grande incentivador e responsável pelo atual estágio do espetáculo, que iniciou há mais de 20 anos em uma escola do município, e hoje concorre com outras encenações, como uma das maiores do Nordeste, o prefeito Acilon Gonçalves diz que quem for assistir ao vivo sairá com o coração mais leve e com esperança de um mundo melhor. “Tentamos mostrar que uma história tão triste e cheia de injustiças, é na verdade é uma lição de que sem fé, sem Deus, nada nos resta. Cristo veio fazer essa transgressão, de colocar no coração de cada um a semente do amor e da paz!”, frisou.