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Paixão de Cristo do Eusébio 2017 atrai mais de 10 mil pessoas

segunda-feira | 17/04/2017

Mais de 10 mil pessoas presenciaram a maior Paixão de Cristo do Ceará nos dois dias de apresentação na cidade cenográfica Eusebelém, localizada na Grande Sede do Eusébio. Foram 450 atores, 120 músicos e 180 integrantes da equipe de produção se esmeraram para emocionar o público que lotou o anfiteatro e o entorno do Núcleo de Artes, Educação e Cultura (NAEC). Neste ano, foram várias as surpresas durante a encenação, que teve duração de 1h40min. Efeitos especiais, música ao vivo e grandes interpretações deixaram o público atento do começo ao fim.

A história contada, na visão do diretor do espetáculo Tarcísio Christianne, mostra a luta constante entre o bem e o mal. Em diversas cenas ele mostra a influencia da força do mal influenciando no rumo da história. Jesus entra em Jerusalém, no domingo de Ramos, e é saudado por anjos e pelas pessoas do povo, ávidas por um libertador, dando início a Paixão de Cristo. A história apresenta um flashback mostrando o nascimento do Salvador em Belém.

Na cena seguinte Jesus expulsa os vendilhões do Templo e sentencia, “destruam esse tempo e em três dias o reconstruirei”, mas ninguém percebeu que ele falava de seu corpo que é o tempo do espírito. A frase ecoou nos ouvidos dos Fariseus e Saduceus, inimigos declarados do “novo profeta”, que iniciam a trama para prendê-lo. Novamente a história volta ao passado para mostrar a cena em que Herodes, o Grande, ordena a matança dos inocentes na tentativa de matar o “Rei dos Judeus”, que nascera em Belém, conforme anúncio dos Reis Magos.

Jesus continua seu ministério curando paralíticos, a endemoniada, escolhendo os apóstolos e salvando a adúltera do apedrejamento, com a frase, “quem não tiver pecado, atire a primeira pedra”. Na cena seguinte, João Batista batiza seus seguidores no Rio Jordão, quando Jesus aparece e é batizado pelo primo. Uma pomba branca faz um voo rasante, representando o espírito santo e o sublime momento. João é levado ao Palácio de Herodes, por ter feito acusações a ele e a sua mulher Herodias de adultério. Herodias era mulher de Felipe irmão de Herodes, que a toma como esposa. João tem a cabeça cortada a pedido de Salomé, filha de Herodias, ao Rei.

Numa das cenas mais impactantes do espetáculo, Jesus é tentado no deserto por Satanás. Luz, fumaça, fogos, sonoplastia e a interpretação dos atores, que se revezam no papel do maligno, levantaram o público. Nas cenas seguintes Jesus ressuscita Lázaro, tem os pés lavados pelas lágrimas de Maria Madalena, cura o filho do Centurião e prega no Sermão da Montanha.

Jesus lava os pés dos apóstolos e participa da ultima ceia, onde diz “aquele que que eu entregar o pão molhado no vinho me entregará”. Judas então vende Jesus por 30 moedas de prata e o entrega aos guardas romanos com um beijo. A cena é de ação, mesmo com os apóstolos resistindo à prisão do mestre, Jesus é levado ao Sinédrio onde é interrogado com violência pelos chamados “doutores da lei”. Depois o levam para Pôncio Pilatos, que não vê nele nenhum crime e o encaminha para Herodes.

Da mesma forma, o rei da Judeia não vê crime no acusado e o devolve ao governador Romano, que diante do povo, pedindo a condenação de Jesus, propõe que escolham entre ele ou Barrabás, mas o povo escolhe o ladrão e assassino e Pilatos manda Jesus para ser flagelado, pensando que com o castigo, ele poderia ser poupado da pena maior.

A cena da flagelação é acompanhada pela orquestra sinfônica e um coral de 60 vozes com o clássico Carmina Burana. Maria intervém e para a flagelação, até que o Centurião o faz retornar a Pilatos, que lava as mãos e diz que aos judeus que o crucifiquem.

Na via crucis, o Quarteto do Naec entoa a “Via Dolorosa”. Segue a crucificação, o dialogo com os ladrões, a morte, sepultamento e a ressurreição. Jesus aparece aos apóstolos e permanece com eles, por 40 dias, onde ocorre o “Pentecostes” e os seguidores passam a anunciar o evangelho a todos os povos. No final do espetáculo Jesus ascende aos céus, fechando com chave de ouro o espetáculo, aplaudido de pé pelos presentes.

No final, cada núcleo de encenação foi apresentado ao público que aplaudiu o grande momento que deixou um gostinho e quero mais para a próxima edição. No lado externo da Arena Eusebelém, a plateia acompanhou também passo a passo a encenação, através dos telões de Led dispostos na parede no NAEC. As barracas de alimentação e artesanato também obtiveram um bom lucro, com os milhares de pessoas que transitaram das duas noites no local do evento.

O prefeito Acilon Gonçalves destaca que a Paixão de Cristo do Eusébio é um evento que faz parte do calendário cultural e turístico do município de cunho religioso que atrai pessoas de toda região Metropolitana e de outros municípios do Estado. Frisou que o evento tem a cada ano conquistando seu espaço, pelo profissionalismo e empenho de todos que participam, deixando muitas vezes a vida pessoal de lado para se dedicar a programação. Ele destaca, ainda, que a atividade consegue movimentar toda uma cadeia econômica, gerando renda para diversas famílias. O comércio na Avenida Eusébio de Queiroz também foi aquecido com restaurantes, pizzarias e lanchonetes permanecendo abertos durante toda a programação.